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Câncer de boca

Quais as causas mais frequentes?

  • A boca se inicia nos lábios e termina acima no final do palato ósseo (“céu da boca). Inferiormente no “V” lingual (porção da língua mais posterior onde apresenta as papilas mais elevadas.
  • A causa mais frequente do câncer de boca é o uso do tabaco (cigarro, cachimbo) cronicamente associado ou não ao uso de álcool (etilismo) e a precária higiene oral, bem como dentes estragados.
  • A fumaça do tabaco em sua porção vapor (fumaça) e a porção sólida, ambas têm ação local (na mucosa da boca) e a distância, pois é absorvida pela “corrente sanguínea” e vai para outras partes corpo.
  • O uso do tabaco associado ao álcool (etilismo), aumenta a chance de desenvolver câncer na boca.
  • A higiene oral precária com processo inflamatório crônico (uso de próteses dentária) associados ao tabagismo aumentam a chance de câncer de boca
  • Atualmente, outros produtos que aumentam a chance de câncer são os cigarros eletrônicos e o narguile.

Qual o tumor maligno mais frequente?

O tumor maligno mais frequente é o carcinoma epidermóide, um câncer de mucosa, do epitélio de revestimento da boca.

Como se apresenta, a clínica sinais e sintomas?

Se apresentam com feridas na boca em qualquer parte que não cicatrizam em até 30 dias, dor espontânea ou com a ingestão de alimentos, ao movimentar a língua, e dor de ouvido sem causa otológica aparente (tumor de assoalho lateral de boca).

Como se faz o diagnóstico?

  • A boca deve ser examinada com espátulas e uma boa iluminação em todas as suas porções: vermelhão dos lábios, mucosa jugal (bochecha internamente), assoalhos de boca anterior e lateral, a porção da língua oral (ponta, ventre, bordas e dorso). Após a inspeção o local do tumor deve ser palpado.
  • Deve se realizar uma biópsia com a retirado de um “fragmento” do tumor ou por uma punção de algum linfonodo (gânglio, íngua) aumentado no pescoço.
  • Depois do diagnóstico se realiza o estadiamento (onde o tumor começa e termina, a sua extensão).
  • Após o diagnóstico, se avalia a extensão da doença, onde o tumor começa e onde ela termina, e quais estruturas anatômicas que a doença compromete em volta do tumor para saber a classificação se tumor é inicial, ou se é avançado.
  • Isso é realizado com os exames de inspeção e palpação, associados a uma vídeolaringoscopia e nasofibrocospia para se avaliar todo o trato aerodigestivo superior ( rinofaringe, orofaringe, hipofaringe e laringe) seguido de tomografia computadorizada com contraste e/ou com ressonância magnética também com contraste. Esses exames são realizados para se pesquisar se existe um segundo tumor primário em qualquer das regiões analisadas.
  • E dependendo da localização e do estadiamento do tumor também pode se realizar o Pet-CT .

Como se faz o tratamento:

É muito importante haver uma discussão ampla com a Cirurgia de Cabeça e Pescoço, com a Radiologia, com a Radioterapia, com o a Oncologia Clínica, com a Patologia e com o o Médico Nuclear, esse último quando se realiza o Pet-CT, para se discutir a melhor abordagem para o tratamento individualizado para cada paciente com câncer de boca. Esse grupo de especialistas reunidos se denomina na atualidade, “Tumor Board”. O Dr. Claudio Cavalcanti e o Dr. Douglas Cavalcanti, ambos cirurgiões de Cabeça e Pescoço em Brasília, sempre levam as discussões para o grupo de especialistas acima do Hospital Santa Lúcia e da Oncoclínicas, para se decidir o melhor tratamento para o paciente.

Nos tumores de boca geralmente a cirurgia pelo cirurgião de cabeça e pescoço é o tratamento de escolha. A ressecção do tumor de boca na maioria dos casos, mesmo quando inicial, deve ser acompanhado da retirada de linfonodos do pescoço, mesmo que não estejam presentes no exame físico ou no exame radiológico, ou seja, mesmo com ausência metástases. Porém, existe uma discussão dos especialistas de Cirurgia de Cabeça e Pescoço quanto a retirada desses linfonodos na fase inicial da doença, quando os linfonodos não estão comprometidos ao exame clínico ou ao exame radiológico. A nossa equipe de Cirurgia de Cabeça e Pescoço segue a conduta da literatura para a abordagem do pescoço mesmo na ausência de linfonodos, realizando o esvaziamento (a retirada de linfonodos do pescoço) cervical profilaticamente.

A radioterapia bem como a quimioterapia após a cirurgia, vai depender do caso clínico e do seu respectivo estadiamento, antes e depois do procedimento cirúrgico.

Como fazer a prevenção?

  • Evitar o uso de tabaco em qualquer forma e o uso de álcool.
  • Realizar higiene oral com frequência, com escovação e enxaguante oral.
  • Realizar prevenção e tratamento dentário evitando infecção crônica.

 

23 de julho de 2025 Tratamentos ,